quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma pedra no meio do caminho

No dia de hoje fiquei sem o computador, mais de doze mil arquivos sujeitos a irem para o além. Instalei um segundo disco rígido para servir de backup e me parece que a estratégia não deu certo, um HD já foi condenado, o outro está em análise para possível recuperações de dados.
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Este post é um pedido de desculpas àqueles que diariamente aparecem por aqui em busca das modas dum diletante. Tão logo resolva este entrave, atualizarei o blog.

domingo, 27 de novembro de 2011

Socialismo do século XX

Paulo Roberto de Almeida - Diplomata - Pesquisador - Professor UnB - Escritor - Como demonstra, sintética e magistralmente Leôncio Martins Rodrigues, todos os socialismos, sem exceção, TODOS, foram operações montadas por minorias, que engabelaram as massas e os próprios intelectuais que pretendiam apoiar causas nobres (justiça social, igualdade, etc...). Todos eles, sem exceção, TODOS, foram ditaduras sanguinárias, que só se sustentaram durante tanto tempo na base da censura, da repressão, algumas vezes do terror. Quando é que os socialistas sinceros (existem muitos, mais ainda os do gênero ingênuos) vão aprender que eles fazem parte de uma obra de mistificação? Aqui também, usada para enriquecer alguns, os mafiosos, a custa dos muitos, em especial dos capitalistas...

Um caminho diferente?
Leôncio Martins Rodrigues. 
O Estado de S.Paulo, 27 de novembro de 2011.

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Com a transferência do poder para o irmão mais moço, Raúl, Fidel Castro deu aparência de sobrevida ao socialismo cubano. Mas o que acontecerá quando o comandante supremo morrer? A resposta é fácil: desaparecerá, como aconteceu com todos os regimes socialistas que foram implantados no século 20 (a exceção está sendo a Coreia do Norte, talvez porque o herdeiro continue vivo).


Marx profetizara que regimes socialistas seriam resultado do próprio desenvolvimento das forças produtivas e da ação revolucionária da classe operária. O próprio jogo do mercado levaria à crise do capitalismo e à revolução proletária. Mas o socialismo nunca foi uma fatalidade econômica. Resultou sempre de um ato de vontade política de chefes, comandantes ou guias que visavam o poder total.
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É claro - para reservar algum espaço para o materialismo histórico - que certas "condições objetivas e subjetivas" são necessárias para o êxito de ações revolucionárias. Uma delas é a hegemonia, na sociedade, de sistemas de valores que deixam pouco espaço para uma cultura cívica, para o individualismo, para o empreendimento e para a cidadania. Junto vêm a adoração do Estado e a crença de que as sociedades mudam por decreto.
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Examinemos, a voo de pássaro, o aparecimento dos regimes socialistas mais importantes do século passado.
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O primeiro, naturalmente, é o da Revolução de Outubro, na Rússia. A mistificação comunista transformou em revolução operária e camponesa o levante armado bolchevista de 1917. A decisão do assalto ao poder, com data marcada de antemão, foi decidida por dez pessoas na famosa reunião do Comitê Central de 10 de outubro (calendário russo). No dia 24, o Governo Provisório foi derrubado por um golpe militar dirigido pelo partido bolchevique. Não houve nenhuma participação popular, apenas uma gigantesca bebedeira em Petrogrado (então capital russa, atual São Petersburgo): a adega do czar caíra em poder dos soldados.
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O segundo caso de socialismo que cumpre mencionar é o da China Popular. Também nesse caso a classe operária esteve ausente. Foi o exército revolucionário dirigido pelo Partido Comunista chinês que, em 1948, implantou o novo regime, sob a chefia do "grande timoneiro" Mao Tsé-tung.
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No caso das democracias populares da Europa Oriental, o socialismo foi imposto de fora, pela União Soviética (URSS). A exceção foi a Iugoslávia. Mas não surgiu de uma revolução operária ou sublevação popular, mas da guerrilha liderada pelo general Josip Tito. No Vietnã o socialismo veio também pela via guerrilheira de Ho Chi Minh.
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O caminho que levou ao socialismo cubano não diferiu essencialmente dos seus congêneres europeu e asiático. Em 1953, com apenas 113 combatentes, Fidel Castro organizou a sua primeira tentativa de chegar ao poder. O assalto aos quartéis de Moncada e Bayamo malogrou. Mas Fidel não desanimou. Em dezembro de 1956, com 81 homens, tentou novamente.
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Explicitamente pelo menos, a meta castrista não era eliminar o capitalismo, mas derrubar a ditadura do ex-sargento Fulgencio Batista, que não era visto com simpatia pela elite cubana. Por isso os democratas cubanos, boa parte da classe alta (de onde provinha o próprio Fidel), e até mesmo a opinião pública dos Estados Unidos apoiaram a luta anti-Batista. O socialismo foi implantado pelas costas do povo. À noite, na residência de Che Guevara, um pequeno grupo preparou secretamente os decretos de estatização da economia e de transformação de Cuba num país socialista. Quando o trabalho terminou, todo o poder fora transferido para Fidel.
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Deixando de lado a mistificação ideológica, o modo de implantação do socialismo é o mesmo em toda parte. Primeiro, sob a chefia de um líder supremo, um pequeno grupo de aventureiros (intelectuais revolucionários, na maioria) dirige o assalto do poder. Depois, constrói-se o socialismo. Nunca o novo regime resultou da chamada "ação das massas". Manifestações populares de apoio vêm posteriormente, sob a farsa da democracia direta.
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A esquerda vê em mobilizações feitas de cima, depois da tomada do poder, a prova do apoio ao regime e de seu lado popular. Acontece que na época da política de massas, para dar alguma legitimidade a ditadores que se levantam contra as elites tradicionais, grandes mobilizações devem ser realizadas. Benito Mussolini foi um dos primeiros a usá-las. Getúlio Vargas e outros souberam imitá-lo. Naturalmente, certa distribuição paternalista de benefícios coletivos aos assalariados se deve seguir.
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Sem dúvida, há diferenças entre o caso do socialismo cubano e os europeus e asiáticos. Na ilha, o Partido Comunista não teve nenhuma importância, os comandantes guerrilheiros sempre estiveram acima dos apparatchiks comunistas que não lutaram na Sierra Maestra. Na ausência dos intelectuais ou subintelectuais marxistas, as intermináveis discussões ideológicas, como as que existiram na URSS, não ocuparam o mesmo espaço na edificação do socialismo cubano. A mística da revolução substituiu a da classe operária. Por fim, a situação de subdesenvolvimento e a presença próxima dos Estados Unidos propiciavam sentimentos nacionalistas, que não foram fortes nos outros casos.
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Trotsky declarou certa vez que sem Lenin não haveria Revolução Russa. Poderíamos dizer também, com muito menos possibilidade de errar, que sem Fidel não haveria socialismo em Cuba. Mas poderá haver após sua morte? Sem o comandante máximo, quanto tempo levará para chegar ao fim o regime que ele criou?
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O retorno ao capitalismo, na verdade, começou depois do fim da URSS. Mas, como mostra o exemplo de outros países ex-socialistas, o retorno à democracia é bem mais complicado.

sábado, 26 de novembro de 2011

Mais que 1000 palavras


A partir deste post, abrirei marcadores "1000" onde reproduzirei aquelas que valem mais que mil palavras (em minha modesta opinião).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aos defensores ou adoradores de Cuba

É comum a gente topar seguidamente com opiniões ou depoimentos de pessoas das mais variadas estirpes, bendizendo Cuba. Descrevendo-a como paraíso da medicina, da educação, da segurança entre outras bandeiras. Não consigo entender como essas pessoas conseguem manter-se diante de fatos inquestionáveis que vieram à baila graças aos dias de internet. Já comentei aqui e vale citar mais uma vez. É so pesquisar no Youtube, Google, Sites, Blogs, que fatalmente serão encontrados subsídios mais que suficientes para demonstrar a vida numa ditadura. Não entendo como certas pessoas se negam a exergar algo tão escandalosamente difundido por todo o planeta. Confiram no site:


Cuba al descubierto, és un blog sobre secretos escondidos a todos los cubanos.

La casa del dictador Fidel Castro


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Força e vontade

Parar de fumar

-Jovens! vocês deveriam fazer deste desafio um exemplo para a vida. Um exemplo de como lidar com a VONTADE, com a força de se determinar um objetivo  e alcançá-lo. Custe o que me custar. Essa conquista talvez seja, em minha opinião, um dos melhores benefícios que se ganha ao largar o cigarro. Uma experiência que nos liberta. Nos fortalece. Eleva nossa autoestima acima das nuvens. Sensações que nunca encontrei em cigarro algum durante os trinta anos de ignorância e escravidão em que fumei. Por isso, quando encontro pessoas com a idade de serem meus filhos, choramingando ou lamentando das dificuldades em se curar do tabagismo, não resisto e tento lhes passar a única coisa possível... a experiência de ter vivido como um idiota.

-Jovens! acordem... tá na hora...
Não é largar o cigarro, é sim, ganhar uma nova maneira de apreciar a vida e os limites que vocês se impuserem. Acreditem, como exercício de FORÇA E VONTADE é um desafio e tanto.

domingo, 20 de novembro de 2011

Consciência verde-amarela

É difícil calar diante de tanta insensatez produzida pelos nossos governantes. Entre as quais o tal dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra.

Para quê isso?

Pergunto porque sou discriminado, pois por analogia, minha consciência é branca e não tem data comemorativa. É bom relembrar que num dos objetivos fundamentais da Carta Magna consta a redução das desigualdades sociais e regionais (Art. 3º inciso III).

No entanto, entra governo sai governo, e o que procede é a promoção da desigualdade como resultado de interesses eleitoreiros ou politiqueiros.

E porque não o dia da Consciência Nacional - verde-amarela!

Essa sim, até eu estaria a vibrar. Quanto às outras, mero resultado da ganância de se pendurar nas benesses do estado. Aposto que em alguma etapa das comemorações alguém leva alguns trocados a troco de qualquer troca. Ou alguns votos da massa dos ingênuos eleitores. É o parasitismo travestido de alguma data qualquer. Infelizmente é simples assim. É o que minha consciência branca diz!

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Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

sábado, 19 de novembro de 2011

Devaneios

Condicionamento ambicionado
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Creio que a classe política sabe direitinho de onde vem os votos necessários para mantê-la no poder. Já internalizaram isso. Assim, todo o discurso em qualquer lugar ou situação, atendendo o condicionamento ambicionado, tem como destino impressionar os incautos detentores de títulos eleitorais. Em outras palavras, a clássica jogada ensaiada.
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Devaneios

Objetivo

É como andar por uma estrada. Iniciamos sem ter idéia de como valorar os primeiros passos, pois ao olhar para trás pouco ou quase nada se vê, no entando à medida em que nossos olhos miram o infinito horizonte, a caminhada ganha ritmo (e)leva-nos, traduzindo em nosso ânimo o desejo de ir em frente, para onde os sonhos se realizam!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

E a farra com o dinheiro público continua...

Médicos formados em Cuba

EDITORIAL O Estado de S.Paulo
16 de novembro de 2011

Pressionado por partidos de esquerda e movimentos sociais, o governo continua procurando uma forma de facilitar o reconhecimento de diplomas expedidos por faculdades estrangeiras e, principalmente, permitir o exercício profissional no país de médicos brasileiros e não brasileiros formados em Cuba.
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Atualmente, existem 181 cursos de medicina em funcionamento no Brasil. Como em vários deles a demanda é de cem candidatos por vaga, muitos estudantes preferem se candidatar ao vestibular de faculdades particulares de medicina na Argentina ou na Bolívia, nas quais o processo seletivo é menos competitivo, ou cursar escolas cubanas, onde a seleção se faz pela afinidade ideológica, não pelo mérito.

A Escola Latino-Americana de Medicina de Havana, por exemplo, aceita qualquer candidato, desde que seja indicado por movimentos sociais, sindicatos e partidos simpatizantes do regime castrista. A estimativa é de que 6 mil brasileiros estejam cursando ou já cursaram medicina fora do País. Em média, cerca de 600 voltam anualmente para o Brasil - e os que mais têm dificuldade para regularizar a situação profissional são os formados por faculdades cubanas, cujos currículos valorizam mais a medicina preventiva, voltada à prevenção de doenças entre a população de baixa renda, do que a medicina curativa. No marketing político cubano, os médicos curativos não se preocupariam com a "saúde dos pobres".

Em 2007, o presidente Lula enviou ao Congresso um projeto de lei que previa a equivalência dos diplomas de medicina expedidos no Brasil e em Cuba, mas a proposta foi rejeitada pelas comissões técnicas da Câmara. Na viagem que fez a Havana, em 2008, Lula prometeu uma nova solução para o problema, mas enfrentou a oposição do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira, que sempre criticaram a qualidade dos médicos formados em Cuba. Depois de muitos impasses, as autoridades das áreas de saúde e educação instituíram um exame nacional unificado de proficiência e habilitação para avaliar os conhecimentos de quem se graduou em medicina fora do País.

A ideia era tornar o processo de revalidação mais rápido, dando aos candidatos tratamento equitativo, sem distinções ideológicas. Mas, como as entidades médicas previram desde o início, o número de aprovados oriundos de faculdades cubanas nessas provas foi pequeno. Dos 677 inscritos em 2011, só passaram 65. Em 2010, quando a prova foi criada, só 2 dos 628 candidatos conseguiram passar. Foi por isso que movimentos sociais e partidos de esquerda voltaram a pressionar o governo.

Agora, a solução encontrada foi oferecer um curso preparatório gratuito, com a inclusão no currículo de matérias não abordadas nas faculdades cubanas. Em setembro, ao visitar Cuba, o ministro Alexandre Padilha assinou um acordo com a Elam, permitindo que os médicos por ela formados estagiem em hospitais públicos e recebam ajuda de custo durante o período em que fizerem o curso de reforço. A medida favorecerá 500 médicos brasileiros formados em Cuba.

A permissão - uma forma disfarçada de assegurar o exercício profissional a quem ainda não está habilitado por órgãos profissionais e governamentais - é só um lado do problema. O outro é saber de onde sairá o dinheiro para financiar os cursos preparatórios e pagar a ajuda de custo. Até agora, o governo não esclareceu de onde virão os recursos, limitando-se a afirmar que os médicos formados em Cuba estão sendo tratados com preconceito ideológico.

O problema, contudo, não é ideológico - é ético. "Não entendo a lógica de mobilizar uma grande estrutura pública para um grupo pequeno de brasileiros. O que mais surpreende é a ajuda de custo. Por que esses alunos merecem esse privilégio?" - indaga o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital. Enquanto o governo continua bajulando a ditadura cubana, as entidades médicas se preocupam com os problemas que profissionais despreparados podem causar para a saúde dos seus pacientes e com o tratamento discriminatório dado pelo governo a quem se forma em medicina no Brasil e é obrigado a enfrentar exames duríssimos para conseguir residência ou estágio.

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É o famoso "jeitinho brasileiro" ajeitando a vida dos amigos do Rei.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O padre mais uma vez surpreende

Há quatro anos escrevi “Funk Divino”.  Uma crítica  ao padre que diariamente através de um programa de rádio tentava aliciar crianças para sua religião. A primeira vez que ouvi fiquei chocado, imagine alguém dando pressão em pequeninos entre cinco e dez anos. Pedindo para orar. Perguntando pelos pecados. E para animar cantarolava alguma musiquinha, como o funk de Jesus...

Ao encerrar aquele texto, perguntava-me aonde que uma figura dessas levaria seus seguidores... Nesta semana, em minhas andanças pelo google, topei com:

Domingo Legal lança um concurso que vai levar o Padre Marcelo Rossi até a sua casa. Mas para isso, você deve escrever uma mensagem dizendo por que você necessita da visita do Padre Marcelo. Para participar, basta enviar uma carta com sua mensagem para o programa Domingo Legal, colocando de fora do envelope “Promoção Padre Marcelo Abençoa o Seu Lar” – Caixa Postal 11.659 – CEP 05049-970 – SP. A mensagem mais comovente, emocionante e que fale ao coração será a escolhida para receber o Padre Marcelo Rossi em sua casa. Participe! Mas lembre-se que a única forma de se inscrever é por carta.

Pela segunda vez surpreendi-me com a sina do padre. Em meus tempos de bênção, todos eram abençoados, ou  todos mereciam ser... Hoje o midiático padre, cheio de cacoetes de pop star, se presta ao minúsculo papel de sortear os merecedores para as graças divinas. Vou repetir aquilo que disse anos atrás: Não consigo vislumbrar aonde esses iluminados desejam levar seus seguidores.

domingo, 13 de novembro de 2011

Autodidáta

Educação
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Sou um ingênuo autodidata ainda acreditando que devemos buscar a instrução, o conhecimento ou a boa formação para, quem sabe, somar na construção desse mundo, ou simplesmente tentar ser feliz. Mas frente ao tratamento e ao descaso dados à nossa carente educação, obrigo-me a solidarizar-me com Schopenhauer e junto à sua obra soletrar:
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Na velhice ao perder os sonhos da sua juventude todo homem que estudou a história do passado e a da sua época, e recolheu o fruto da sua experiência e da alheia, se não estiver com o espírito perturbado por preconceitos muito arraigados, chegará à conclusão de que este mundo é o reino do acaso e do erro, que é governado a seu modo sem compaixão alguma, auxiliados pela maldade e pela loucura, que ao homem empolgam constantemente.
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Mil trabalhos e esforços é preciso para impor uma idéia nobre, porque dificilmente encontra uma oportunidade de apresentar-se, enquanto que a vulgaridade artística, os sofismas, a malícia e a astúcia reinam de geração em geração, aqui e alhures sem serem interrompidos.

sábado, 12 de novembro de 2011

Dica de Leitura

O VERDADEIRO CHE GUEVARA E

OS IDIOTAS ÚTEIS QUE O IDOLATRAM





LIVRARIA CULTURA

A partir de um levantamento de fatos históricos e testemunhas diretas do período revolucionário, 'O Verdadeiro Che Guevara' desmistifica a imagem de um dos ícones políticos mais controversos do século XX. O livro pretende mostrar uma face desconhecida do famoso herói revolucionário - um médico fracassado, um incompetente estrategista militar e cruel assassino. Nesta obra, essas acusações são evidenciadas por Fontova por meio de testemunhos de participantes diretos da Revolução Cubana, tanto de membros da revolução como de seus refugiados.



Este vídeo tem 1h 11min. de duração e revela quem era de fato o mito produzido nos laboratórios comunistas e venerado neste país como se fosse uma divindade. O vídeo faz mais que isso: denuncia a farsa, a mentira e o engodo apologético de uma ideologia que produziu em Cuba 150 mil mortos e mais de 100 milhões no mundo todo durante o século XX.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Educação

Apesar de todos os esforços e recursos consumidos na busca de soluções para os problemas de nossa sociedade, diariamente ainda convivemos com níveis da qualidade de vida aquém do aceitável. Nesse meio páira um óbvio caminho que a poucos sensibiliza e para a grande maioria parece ter um minúsculo significado.

É incontestável que somente através da educação desenvolvemos nossas capacidades individuais cujos reflexos alavancam os avanços sociais.

Educação sincera e destituída unicamente de interesses econômicos demonstrados pela proliferação indiscriminada de instituições preocupadas em lucrar cuja prática pouco contribui para a qualidade tão necessária nessa área. Ou destinada exclusivamente a formação de mão-de-obra para o mercado de trabalho em constante mutação e não para a construção do ser como indivíduo merecedor de uma existência digna.

Educação legítima, isenta de corrupção e imune aos interesses políticos que trabalham em função de números manipulados visando tão-somente lucrar no curto prazo, isso é facilmente constatado através da total indisciplina dos pais e alunos perante às escolas. Na famosa inexistência de reprovação, eximindo o aluno de qualquer comprometimento e o estado livrando-se de arcar com o custo de um aluno mal aplicado, além de mascarar os índices de aprovação que acrescem nas estatísticas o nível de ensino .

Ignorar o óbvio é a falta de compromisso com as gerações futuras, é o nosso "egoísmo" determinando que o futuro não pertence a nós, então é mais cômodo viver o presente, mesmo que para isso devamos conviver com um quadro caótico de soluções emergenciais de última hora; tais como, construir penitenciárias, discutir pena de morte, limpar rios cheios de lixo, combater o tráfico, entre tantas outras cujas soluções mostrar-se-iam mais produtivas se investíssemos na ação preventiva proporcionada pela boa formação de nossos cidadãos. Isso tudo é óbvio.

O óbvio nos mostra o caminho das pedras e que somente a longo prazo os resultados serão promissores.

O óbvio nos mostra que fora da educação não há salvação.

O óbvio nos mostra que o investimento em educação reflete-se diretamente em menores gastos com saúde e segurança, entre outros.

O óbvio nos mostra que o compromisso com a educação deve extrapolar a obrigação do estado, deve ser um comprometimento inteligente de cada membro da sociedade. (eu, tu, ele, nós, vós, eles)

O óbvio nos mostra que somos mais do que parecem as aves de rapina ou predadores; somos dignos da capacidade de construir melhores caminhos.

Isso tudo está diante de nossos olhos, é evidente, está claro e incontestável. No entanto, também parece óbvio que simples palavras como estas, além de registrar um lamento, talvez atinjam alguns corações e mentes mais capazes de lançar luzes à causa.

domingo, 6 de novembro de 2011

DiVerSidADe

Nunca na história deste país (sic), uma palavra esteve tão em evidência quanto a tal "diversidade". É a bola da vez! Em qualquer canto ou esquina, lá estão as bandeiras pregando algo que tenta parecer moderno ou diferente daquilo que é peculiar desde que me entendo por gente - conviver com a multiplicidade. São as cores, os odores, os sabores, o mundo mineral, o vegetal e o animal. Que seria do amarelo se todos gostassem do azul. E assim adquirimos consciência das diferenças e de como isso resulta na harmonia que nos leva a viver. Simplesmente viver!

Mas quando essa tranqüilidade é rompida em nome da pluralidade, alguma coisa pinta no ar. E surgem os movimentos em defesa do azul, passeatas marchando pelo rosa, estatutos pregando pelo verde, organizações lutando pelo vermelho e outras cotas mais. Correntes que parecem guiadas pela insatisfação de representarem uma fração do universo.

É quando meu olhar atinge o jardim lá fora e contempla as flores, as árvores, os pássaros, os pulgões, as pererecas, os caracóis... todos ao sabor dos raios do sol e da refrescante brisa a embalar suas naturais existências. Fiel retrato do convívio equilibrado que a mãe evolução nos legou. Até que pousa um exuberante pássaro, rico em plumas coloridas. Um penacho dourado sobre a cabeça lhe confere um certo charme. Nem concluiu sua repentina aterrissagem e já soltou uma cantoria estridente. Os primeiros acordes se mostraram suportáveis, mas logo aquilo se tornou irritante, não só a mim como aos demais tipos ali presentes. O beija-flor deixou de lado seu néctar matinal  e debandou-se, o caracol recolheu-se, a perereca saltitou noutros rumos e pareceu-me que até as flores timidamente abandonaram seu encanto. Num resmungo interior deduzi que o discurso do visitante não agradou ou quem sabe sua postura saliente não foi bem recebida. Enfim, o que era doce acabou-se...

Então retorno aos meus botões sobre "diversidade" e toda a carga que atualmente, tão fora de moda, tenta  representar. É eu sair por aí gritando que sou diferente e desejar que me tratem como os iguais. Fica difícil. Pois existe o entendimento, o respeito e o gostar envolvidos. Compreendo que o mundo é pluralidade, nem preciso descrever como isso é, respeito aquilo que o bom senso nos impõe, como respeito um cão vira-latas que se atravessa em meu caminho, desvio e salvo-lhe a vida. É viver e conviver.

Agora, gostar! Gostar envolve muito mais do que o simples entendimento e o necessário respeito. Gostar vai além. Acredito que é esse o maior equívoco desses movimentos em nome das minorias, que em minha opinião é relativa, pois o mundo é a presença de todos. E não esta ou aquela parcela lutando pelo amor único. Não se obriga alguém a gostar desta ou daquela. Respeitar é nosso dever, mas praticar apologia, embarcar em movimentos, insinuar que devo concordar ou achar bonito está longe daquilo que a natureza vem esculpindo há milhões de anos...

Volto ao jardim, o pássaro se foi, fixo-me no canteiro onde a variedade de flores provoca reflexões e imagino o que seriam das rosas se todos gostassem das margaridas...Ufa! Suspiro aliviado, pois as ditas ainda não aprenderam fazer passeatas!

sábado, 5 de novembro de 2011

Blogs que indico

Duas excelentes fontes de leitura e conhecimento, confira:


Janer Cristaldo é um escritor, ensaista e contista brasileiro. Bacharel em direito, graduado em filosofia, trabalha como tradutor, e articulista de jornais onlines e sites do Brasil.
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Paulo Roberto de Almeida é Diplomata, Professor, Pesquisador, Escritor com a publicação de diversos livros, além dos sites e blogs dedicados em grande parte à economia e os problemas brasileiros.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Galo "véio"

Sou do tempo em que possuir um galinheiro no quintal era privilégio de muitos. Era lá que junto com minha mãe apanhava os ovos. Ingredientes indispensáveis ao nosso cardápio, desde o simples frito até os elaborados quitutes para os dias de festa. Sem falar das penosas que aos domingos resolviam rechear nossa panela acompanhadas de polenta e salada verde da horta conduzida pelas mãos de meu pai. Lembro-me de quão significativa foi a passagem daquele galinheiro em minha vida, pois além de nutrir nossa sobrevivência, preencheu minhas necessidades de jovem observador. Assim ficava longo tempo de olho no comportamento daqueles bípedes emplumados.

Eram dezenas de galinhas, muitos pintos e um galo que passava o dia perseguindo suas diletas. Admirava-me com a insistência e falta de critério ao efetuar suas escolhas. Se a carijó lhe chamava à atenção, de pronto lá estava o "galo véio" a perseguí-la. Matava as bichinhas no cansaço. Eram voltas e mais voltas até consumar o ato.

Passaram os anos, vieram os supermercados e os galinheiros tornaram-se nostálgicas lembranças que vez por outra passo a invocar. Principalmente quando estou em meio ao dito progresso dos dias atuais e observo as pessoas correndo de um lado para o outro, imagino-as procurando seu milho de cada dia. Sem me esquecer daquelas com os pintinhos embaixo das asas que se desviam dos obstáculos oferecidos pelo nosso modo urbano de viver. E o galo véio, cadê ele, indago-me!

Pois não é que o vivente mora pelas redondezas. E por incrível coincidência é meu tio. Sim, meu simpático e adorável parente carrega a sina daquele bípede que tanto mexeu com minha imaginação lá naqueles tempos de guri. A insistência e falta de critério na escolha das namoradas levaram-me fatalmente a comparação. Não há como negar que o homem é um verdadeiro "galo", pois diariamente roda as praças da vida a cata de suas almejadas musas. Encontra numa esquina, larga na outra e parte para novo ataque. Pouco importa a altura, cor dos olhos, religião, profissão, idade ou cor, inclusive tem a fama de ser um aplicado amante entre as deficientes físicas de muletas, cadeiras de roda, cegas, etc. Cacarejou... lá está ele.

Certo dia, contaminado pelas minhas observações, disse-lhe: - E aí galo véio, e as gal... gatas! Como resposta recebi um tapa na orelha de zunir o ouvido e um comentário curto e grosso: -Respeita teu tio, piá de merda! Enquanto me recuperava da tontura, lembrei-me do belo ensopado que aquele velho reprodutor de galinhas transformou-se... Fica o registro de saudade de um tio que em minha vida marcas deixou.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sob as garras

Vivemos sob as garras de um Estado dominado pela oligarquia política. Isso revela-se através das  distorções  nos papéis das instituições em suas relações com o anônimo povo. Justiça, por exemplo, é mais fácil contar com a divina, pois diariamente convivemos com falta ou a imoral justificativa de que é necessário dinheiro para fazê-la. Esse argumento já está internalizado e não encontra resistência. Estamos todos de acordo que assim seja, mesmo que fuja à simples lógica do que seja o correto, isto é, se a regra (lei) é clara e traz o fundamento determinando a legalidade e penalizando a ilegalidade porque devemos alimentar milhões de artifícios, muitos imorais, com o intuito de burlar ou ignorar o estabelecido.

Estas deformações surgem através de legisladores. Que pelas suas canetas, estudos, interesses ocultos entre outras justificativas, criam situações estranhas aos neurônios do mais simples mortal. Por exemplo, lá na carta magna está escrito: "todos são iguais perante a lei, sem distinção", daí os nobres legisladores de pronto contradizem, se auto-imunizam aplicando foro privilegiado e nesta esteira o tal voto secreto. Isso determina o efeito cascata que culmina no abismo intransponível entre cidadão e estado.

Assim, paulatinamente as instituições que deveriam ser impessoais e imunes a interesses outros rendem-se à força dos objetivos politiqueiros e corporativistas daqueles que tecem as regras do jogo. Com isso, alimenta-se a distribuição da desigualdade em nosso viver. Transformando nossos passos em um rastejar suplicante diante de um Estado voltado para si e os seus asseclas. Até quando permitiremos tal desequilíbrio é uma incógnita, até lá... haja estômago!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sabedoria de vida é usufruir o presente

Não permitir a manifestação de grande júbilo ou grande lamento em relação a qualquer acontecimento, uma vez que a mutabilidade de todas as coisas pode transformá-lo completamente de um instante para o outro; em vez disso, usufruir sempre o presente da maneira mais serena possível: isso é sabedoria de vida.

Em geral, porém, fazemos o contrário: planos e preocupações com o futuro ou também a saudade do passado ocupam-nos de modo tão contínuo e duradouro, que o presente quase sempre perde a sua importância e é negligenciado; no entanto, somente o presente é seguro, enquanto o futuro e mesmo o passado quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. Sendo assim, iludimo-nos uma vida inteira.

Ora, para o eudemonismo, tudo isso é bastante positivo, mas uma filosofia mais séria faz com que justamente a busca do passado seja sempre inútil, e a preocupação com o futuro o seja com frequência, de modo que somente o presente constitui o cenário da nossa felicidade, mesmo se a qualquer momento se vier a transformar-se em passado e, então, tornar-se tão indiferente como se nunca tivesse existido. Onde fica, portanto, o espaço para a nossa felicidade?

Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz"